VULVOVAGINITES OU CORRIMENTO, O QUE É ISSO?
- Fabio Gatti
- 30 de nov. de 2021
- 3 min de leitura
A gardnerella vaginalis é uma bactéria que faz parte da flora vaginal normal das mulheres sexualmente ativas, portanto quando abrimos o exame de papanicolau e vemos lá escrito esse nome estranho(gardnerella vaginalis), a princípio, não precisamos nos desesperar, mas quando, por um desequilíbrio dessa flora, ocorre um predomínio dessa bactéria, temos um quadro que convencionou-se chamar de vaginose bacteriana(comumente chamado de corrimento). Já a candida albicans é a espécie mais comum de fungo que pode habitar a vagina, também não precisamos nos desesperar quando isso esta escrito no exame do papanicolau, pois isso não confirma que você tem candidiase(outro tipo de corrimento), pois em condições normais, a vagina é habitada por vários microorganismos (bactérias e fungos) que constituem sua flora normal. Quando ocorre desequilíbrio nesta flora e/ou nos mecanismos de defesa da mulher, existe crescimento da Candida sp, ocasionando o aparecimento da doença, a candidíase vulvovaginal. Estas vulvovaginites, gardnerella vaginalis e candida sp. vem acometendo milhões de mulheres anualmente causando preocupações e problemas de saúde pública mundial.
A vaginose bacteriana é considerada, atualmente, a infecção vaginal que mais acomete as mulheres em idade reprodutiva, sugerindo a possibilidade dos hormônios sexuais estarem envolvidas na suas causas. Embora de forma menos freqüente, ela pode ser também encontrada em crianças e na pós-menopausa. Em gestantes e não-gestantes, a frequência da vaginose bacteriana parece ser semelhante. O número de parceiros sexuais e a utilização do DIU têm sido associados ao incremento da vaginose bacteriana. O uso de contraceptivos hormonais, por promover uma microbiota predominantemente lactobacilar, parece ter um efeito protetor para o desenvolvimento da vaginose bacteriana.No Brasil a vaginose bacteriana mostra-se muito freqüente, atingindo também cerca de 45% das mulheres com queixa de corrimento vaginal. Poderá estar presente, também, mesmo em mulheres assintomáticas.
Prevenção
Não há vacinas disponíveis para nenhuma destas patologias. Medidas de prevenção são direcionadas à educação. Alguns cuidados básicos são essenciais para se diminuir a disseminação destas infecções genitais.
Estes cuidados que reduzem o risco de desequilíbrio da natureza da vagina e evitar o desenvolvimento da vaginose bacteriana são:
• Usar camisinha durante as relações sexuais;
• Evitar o uso de duchinhas;
• Evitar produtos químicos que podem causar irritação e desconforto
na região genital.
NÃO USAR PROTETOR DE CALCINHA.
Estudos demonstram uma evidente associação entre esta condição e complicações durante a gravidez, como parto prematuro, complicações pós-parto para o recém-nato, e infecções após procedimentos ginecológicos, como histectomia.
Em pesquisas realizadas em diversos países observou-se que o índice de Vaginose Bacteriana é mais elevado em mulheres com múltiplos parceiros sexuais do que em mulheres sem atividade sexual. Muitas observações correlacionam a aquisição da Vaginose à atividade sexual, uma vez que ela é mais freqüente em mulheres sexualmente ativas, nas que tiveram um maior número de parceiros, que iniciaram atividade sexual mais jovens, ou nas que possuem histórico de doenças sexualmente transmissíveis (DST). Por outro lado, existem casos – detectados mais raramente, em mulheres virgens e em crianças, o que indica que a ocorrência deste desequilíbrio da microbiota não é decorrente exclusivamente do contato sexual. Além disso, existem fortes evidências de que o tratamento do parceiro sexual não previne a recorrência da Vaginose, mais um indício de que, apesar de ser uma doença relacionada ao sexo, não pode ser considerada como uma verdadeira DST (doença sexualmente transmissível).O tratamento e o controle da vaginose bacteriana visam a restabelecer o equilíbrio da microbiota vaginal, mediante a redução da população de germes anaeróbios e um possível incremento dos lactobacilos produtores de peróxido de hidrogênio.
Os benefícios estabelecidos da terapia da vaginose bacteriana na paciente não gestante são:
• Melhora dos sintomas e sinais de infecção;
• Reduzir o risco de complicações infecciosas pós-cirúrgicas.
Todas as pacientes sintomáticas devem ser tratadas. Nas gestantes, o tratamento, além de reduzir o aparecimento de outras infecções, também contribui para a redução de complicações obstétricas, como ruptura prematura de membranas e trabalho de parto prematuro.
PORTANTO NUNCA DEIXEM DE FAZER O CONTROLE PERIÓDICO EM SEU GINECOLOGISTA, POIS VOCE PODE TER UMA VULVOVAGINITE E NÃO TER SINTOMAS.

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